domingo, 10 de outubro de 2010
Histórico do processo: Entrada ao Preço da Razão
fotos: Aldren Lincoln 2007
Imersa no Teatro Mágico construído por Hesse em o Lobo da Estepe, passei a me interessar por todo e qualquer tipo de "representação social" que pudesse configurar um tempo histórico ou até mesmo perdurar por todos eles. A questão que me motivava era ainda turva, pois como dizer que imaplantamos "máscaras sociais" e não somos quem dizemos/aparentamos ser? Entrada ao preço da razão... somente para loucos... só para os raros... No momento em que Hesse apresenta um teatro mágico cheios de portas, espelhos e placas que estabelecem um jogo de relações e vivências, ele dilui a dialética homem / lobo e prpõe uma mutiplicidade de eus. O sujeito então, torna-se multipersonal, e junto a isso, o livro apresenta situações surreais, em que todas as questões filosóficas, eruditas e burgesas de uma época e em si mesmo, são vomitadas junto a atos anárquicos que ele pratica em delírio, como lançar bombas em automóveis etc.
Essas representações "me vieram" como espaços de construção simbólica das relações de poder no corpo, sendo as primeiras imagens, referentes a família e religião, impregnadas em valores morais... as pessoas na sala de jantar... junto a esses poderes, o estado, este, já diluido em muitas formas em diferentes períodos e contextos, implica num jogo de estratégias em multiplas faces em busca da ordem hegemônica as custas do seu próprio estátus muitas vezes egocêntrico e autoritário... mais a frente, completamente emaranhada das questões modernas, a pisicanálise e a noção de fragmento, a solidez da razão e os cárceres objetivos e subjetivos fantasiados no progresso acelerado e na possibilidade democrática!o sonho.
A configuração artística dessas reflexões ainda carredas de desejos anáquicos, se materializaram em 5 minutos ao sentar diante de duas caixas pretas, grandes, que se encontravam numa sala de dança, nelas refleti imagens de ações com visibilidade fragmentada do corpo, sugeriada pela estrutura das caixas, e uma trama de arames que indicassem adequações e trajetos para esse corpo. Os signos das rosas e vinho vieram como o suporte gástrico autoflagelante de suspensão...rs morte, amor, sangue de cristo, dionísio, coroa de espinhos e tudo mais que pode desdobrar a existência desses "signos" tão fortes e universais, são como referênciais comuns da permanência de algumas estruturas/instituições que aderimos por osmose histórica na constituição/subjetivação do corpo.
Essa primeira etapa do processo criativo, era a pura construção identitária da modernidade, ou os resquícios dela no meu corpo. E em pouco tempo, ao perceber as brechas do sistema, sugeri para estrutura, uma certa mobilidade, e adicionei rodinhas a ela, além de novas frestas... o ambiente agora erá móvel, mas estável... mihas ações instáveis, somaram os limiares entre subversão, submissão e autoflagelo, quais acordos possíveis? Nesse embate de forças, saia machucada.
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