domingo, 10 de outubro de 2010

Leituras em abstrações conectadas e criativas: primeiras "imagens"



Harry Haller é um homem de 50 anos que acredita que sua integridade depende da vida solitária que leva em meio às palavras de Goethe e as partituras de Mozart; um intelectual tentando equilibrar-se à beira do abismo dos problemas sociais e individuais, ante os quais a sua personalidade se torna cada vez mais ambivamente e, por fim, estilhaçada. A primeira parte do livro é o pesadelo do lobo Haller, sua depressão misantrópica e incapacidade de se comunicar, é na base da sua autodestruição. Na segunda o lobo se "humaniza", através da entrada em cena de Hermínia, que tenta reaproximá-lo do mundo, no caso, uma comunidade simplória, com salas de baile poeirentas e bares pobres.

O Lobo da Estepe foi escrito quando Hesse tinha 50 anos, como seu personagem, e estava profundamente influenciada pela psicanálise. O estilo adotado é altamente revolucionário para a época.

Um comentário:

  1. Este livro sempre causa reflexão sobre nós enquanto seres existentes, sobreviventes...
    eu gosto! e cada vez que leio descubro novas coisas.. é um excelente material de pesquisa para o artista que em muitos momentos se isola para acordar para outros mundos.

    Gosto sempre de ler seu blog!

    beijos
    marie

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